Do underground para o mainstream: estabelecendo um léxico médico para a terapia psicadélica
17 de junho de 2022, Frontiers (in Psychiatry)
Autores: Andrew Beswerchij, Dominic Sisti
Os autores argumentam que a terminologia não estigmatizante e fundamentada no modelo médico avançará tanto na ciência quanto na aceitação pública dos psicadélicos. Investigadores e clínicos devem ter o cuidado de distinguir entre usos médicos, recreativos e espirituais para estabelecer limites e expectativas claras para os pacientes. Termos eticamente carregados ou estigmatizantes devem ser substituídos por terminologia que seja médica e cientificamente descritiva e precisa. Uma estrutura linguística medicalizada em torno de psicodélicos potencialmente trará benefícios e mitigará riscos. A substituição de nomes coloquiais por nomes científicos de medicamentos e terapias pode ajudar a corrigir equívocos sobre psicadélicos comumente mantidos por profissionais e pelo público. Um léxico médico harmonizado também fornecerá uma linguagem comum para importantes instâncias de comunicação - como o processo de consentimento informado - entre profissionais e participantes. As recomendações dos autores baseiam-se em investigações de comunicação na área das Dependências e visam incentivar o desenvolvimento, aceitação e implementação de terminologia não estigmatizante na pesquisa e tratamento psicadélico.
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