Meta-análise de ensaios controlados por placebo de Terapia Assistida por Psicadélicos
12 de junho de 2020, Journal of Psychoactive Drugs
Autores: Jason B. Luoma, Christina Chwyl, Geoff J. Bathje, Alan K. Davis & Rafael Lancelotta
Após um hiato de duas décadas em que a investigação sobre psicadélicos foi interrompida, ensaios clínicos controlados por placebo de terapia assistida por psicadélicos para doenças psiquiátricas começaram a ser publicados. Os autores identificaram 9 ensaios clínicos randomizados e controlados por placebo de terapia assistida por psicadélicos publicados desde 1994. Os estudos examinaram psilocibina, LSD (dietilamida do ácido lisérgico), Ayahuasca (que contém uma combinação de N,N-dimetiltriptamina e alcalóides inibidores da monoamina oxidase harmala), e MDMA (3,4-metilenodioximetanfetamina). Foi comparada a diferença média padronizada entre o grupo experimental e controlado por placebo no outcome primário. Os resultados indicaram um tamanho de efeito médio significativo entre os grupos de 1,21 (Hedges g), que é maior do que o tamanho de efeito típico encontrado em ensaios de intervenções psicofarmacológicas ou psicoterapêuticas. Para os três estudos que mantiveram um controlo-placebo por meio de uma avaliação de follow-up, os efeitos foram geralmente mantidos. No geral, os resultados apoiam a eficácia da terapia assistida por psicadélicos em quatro condições de saúde mental – Perturbação de Stress Pós-Traumático, ansiedade/depressão associada a uma doença com baixa sobrevida, depressão unipolar e ansiedade social em adultos com autismo. Embora a qualidade do estudo tenha sido alta, foram identificados várias áreas de melhoria em relação à condução e notificação de ensaios. Ensaios de maiores dimensões com amostras mais diversas são necessários para para estabelecer se estes efeitos são mantidos a longo prazo.
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