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O lado "bom" dos psicadélicos: últimos avanços e desafios em neurofarmacologia

Revisão Narrativa

10 de janeiro de 2023, International Journal of Molecular Sciences

Autores: Andrea Mastinu, Margrate Anyanwu, Marinella Carone, Giulia Abate,Sara Anna Bonini, Gregorio Peron, Emanuela Tirelli, Mariachiara Pucci, Giovanni Ribaudo, Erika Oselladore, Marika Premoli, Alessandra Gianoncelli, Daniela Letizia Uberti, Maurizio Memo

A necessidade de identificar terapias eficazes para o tratamento de perturbações psiquiátricas é uma questão particularmente importante nas sociedades modernas. Além disso, as dificuldades em encontrar novaos fármacos levaram os farmacologistas a rever e reavaliar algumas moléculas do passado, incluindo os psicadélicos. Desde há vários anos que tem havido um interesse crescente entre os psicoterapeutas na psilocibina ou dietilamida do ácido lisérgico para o tratamento da perturbação obsessivo-compulsiva, da depressão ou da perturbação de stresse pós-traumático, embora os resultados nem sempre sejam claros e definitivos. De facto, os mecanismos de ação dos psicadélicos ainda não são totalmente compreendidos e alguns aspectos moleculares ainda não estão bem definidos. Assim, esta revisão visa resumir os usos etnobotânicos das plantas psicadélicas mais conhecidas e os mecanismos farmacológicos dos principais princípios ativos que elas contêm. Além disso, é apresentada uma visão geral atualizada de estudos estruturais e computacionais realizados para avaliar a afinidade e os modos de ligação a receptores biologicamente relevantes de ibogaína, mescalina, N,N-dimetiltriptamina, psilocina e dietilamida do ácido lisérgico. Finalmente, os estudos clínicos mais recentes avaliando a eficácia de moléculas psicadélicas em algumas doenças psiquiátricas são discutidos e comparados com fármacos já utilizadas na terapia.




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