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A farmacologia da Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD): uma revisão

LSDRevisão Narrativa

11 de novembro de 2008, CNS Neuroscience & Therapeutics

Autores: Torsten Passie, John H Halpern, Dirk O Stichtenoth, Hinderk M Emrich, Annelie Hintzen

A dietilamida do ácido lisérgico (LSD) foi sintetizada em 1938 e os seus efeitos psicoativos descobertos em 1943. Foi usado durante as décadas de 1950 e 1960 como fármaco experimental em investigações clínicas na área da Psiquiatria para produzir a chamada "psicose experimental"e em procedimentos psicoterapêuticos (terapia "psicolítica" e "psicadélica"). A partir de meados da década de 1960, tornou-se uma substância ilegal, o que permanece até à data. Com a adoção de novos métodos de investigação, o interesse científico pelo LSD foi retomado para investigações sobre o cérebro e tratamentos experimentais.

Devido à falta de qualquer revisão abrangente desde a década de 1950 e à literatura experimental amplamente dispersa, a presente revisão concentra-se em todos os aspectos da farmacologia e psicofarmacologia do LSD. Uma pesquisa completa da literatura sobre a farmacologia do LSD foi realizada e os resultados extraídos são apresentados nesta revisão.

A investigação (psico-)farmacológica sobre o LSD foi extensa e produziu cerca de 10.000 artigos científicos. A farmacologia do LSD é complexa e os seus mecanismos de ação ainda não são completamente compreendidos. O LSD é fisiologicamente bem tolerado e as reações psicológicas podem ser controladas em ambientes com supervisão médica, pelo que as complicações podem resultar do seu uso descontrolado em contexto recreativo. Na verdade, há um novo interesse no LSD como uma ferramenta experimental para estudar mecanismos neuronais de estados de consciência e de potencial utilização terapêutico, tendo sido recentemente descoberta a sua utilidade no tratamento da cefaleia em salvas e em doentes com doenças com baixa sobrevida.




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