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Psicadélicos e Psicoterapia Assistida por Psicodélicos

Revisão Sistemática

1 de maio de 2020, The American Journal of Psychiatry

Autores: Collin M Reiff, Elon E Richman, Charles B Nemeroff, Linda L Carpenter, Alik S Widge, Carolyn I Rodriguez, Ned H Kalin & William M McDonald

Objetivo: Os autores desenvolvem uma revisão baseada em evidência sobre a aplicação clínica de substâncias psicadélicas em perturbações psiquiátricas.

Métodos: Pesquisas na PubMed e PsycINFO foram realizadas para artigos em inglês, em revistas com revisão ​​por pares, com os termos "psilocibina", "dietilamida do ácido lisérgico", "LSD", "ayahuasca", "3,4-metilenodioximetanfetamina", e "MDMA", em seres humanos, publicados entre 2007 e 1 de julho de 2019. Um total de 1.603 artigos foram identificados e selecionados. Os artigos que não continham os termos "ensaio clínico", "terapia" ou "imagem" no título ou resumo foram filtrados. Os 161 artigos restantes foram revistos ​​por dois ou mais autores. Os autores identificaram 14 artigos relatando ensaios clínicos bem desenhados que investigaram a eficácia da dietilamida do ácido lisérgico (LSD), 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), psilocibina e Ayahuasca para o tratamento de perturbações do humor e ansiedade, trauma e stresse e perturbações relacionados e perturbações do uso de substâncias, bem como condições associadas a cuidados de fim de vida.

Resultados: A evidência mais robusta existe para o MDMA e a psilocibina, que foram designados pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA como "Breaktrough Therapies" paraPerturbação do Stress Pós-Traumático (PSPT) e depressão resistente ao tratamento, respectivamente. A investigação sobre LSD e Ayahuasca é observacional, mas as evidências disponíveis sugerem que esses agentes podem ter efeitos terapêuticos em perturbações psiquiátricas específicas.

Conclusões: Ensaios clínicos randomizados apoiam a eficácia do MDMA no tratamento de PSPT e psilocibina no tratamento da depressão e ansiedade relacionada a doenças oncológicas. A investigação que apoia o uso de LSD e Ayahuasca no tratamento de perturbações psiquiátricas é preliminar, embora promissora. No geral, o banco de dados é ainda insuficiente para a aprovação da FDA de qualquer composto psicadélico para uso clínico de rotina em perturbações psiquiátricas neste momento, mas uma investigação contínua sobre a eficácia dos psicadélicos para o tratamento de pertrubações psiquiátricas parece garantida.




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