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Psicadélicos e Saúde Mental: um estudo populacional

Estudo Observacional

19 de agosto de 2013, PloS One

Autores: Teri S. Krebs, Pål-Ørjan Johansen

Os psicadélicos serotoninérgicos clássicos LSD, psilocibina e mescalina não são são responsáveis por causar danos cerebrais e são considerados substâncias não-aditivas. Estudos clínicos têm demonstrado que os psicadélicos não conduzem a problemas de saúde mental a longo prazo. Os psicadélicos são usados ​​nas Américas há milhares de anos. Mais de 30 milhões de pessoas que vivem atualmente nos EUA usaram LSD, psilocibina ou mescalina.

Objetivo: Avaliar a associação entre o uso ao longo da vida de psicadélicos e a saúde mental atual na população adulta.

Método: Os dados extraídos dos anos de 2001 a 2004 da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde corresponderam a um total de 130.152 entrevistados, selecionados aleatoriamente para serem representativos da população adulta dos Estados Unidos. As medidas padronizadas de rastreio para a saúde mental ao longo do último ano incluiram sofrimento psicológico grave (escala K6), tratamento (internamento, ambulatório, medicação, necessária mas não recebida), sintomas de oito perturbações psiquiátricas (perturbação de pânico, episódio depressivo major, mania, fobia, perturbação de ansiedade geral, agorafobia, perturbação de stress pós-traumático e psicose não-afetiva) e sete sintomas específicos de psicose não-afetiva. Foram calculados os odd ratiospor regressão logística multivariada controlando uma série de variáveis ​​sociodemográficas, uso de drogas ilícitas, comportamento de risco e exposição a eventos traumáticos.

Resultados: 21.967 entrevistados (13,4% ponderados) relataram uso de psicadélicos ao longo da vida. Não houve associações significativas entre o uso na vida de qualquer psicadélico, uso na vida de psicadélicos específicos (LSD, psilocibina, mescalina, peyote) ou uso de LSD no ano anterior e aumento da taxa de qualquer um dos resultados de saúde mental. Em vez disso, em vários casos, o uso de psicadélicos foi associado a uma menor taxa de problemas de saúde mental.

Conclusão: Os autores não identificaram o uso de psicadélicos como um fator de risco independente para problemas de saúde mental.




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