Psilocibina: da magia antiga à medicina moderna
12 de maio de 2020, The Journal of Antibiotics
Autores: David E. Nichols
A psilocibina (4-fosforiloxi-N,N-dimetiltriptamina) é um metabolito secundário à base de indol produzido por várias espécies de cogumelos. Os índios astecas da América do Sul referiam-se a eles como teonanacatl, que significa “carne de deus”, e eram usados em rituais religiosos e de cura. Missionários espanhóis em 1500 tentaram destruir todos os regitros e evidências do uso desses cogumelos. No entanto, um frade e historiador franciscano espanhol do século XVI mencionou o teonanacatl nas seus extensas escrituras, intrigando os etnofarmacologistas do século XX e levando a uma investigação de décadas pela identidade do teonanacatl. Esta investigação conduziu a um ensaio fotográfico de 1957 numa revista popular, descrevendo para o mundo ocidental o uso desses cogumelos. As amostras foram finalmente obtidas e o seu princípio ativo identificado e sintetizado quimicamente. Nos últimos 10 a 15 anos, vários estudos clínicos aprovados pela FDA indicaram potencial terapêutico para a Psicoterapia Assistida por Psilocibina no tratamento da depressão, ansiedade e certas patologias aditivas. Atualmente, assumindo que os primeiros estudos clínicos podem ser validados por estudos maiores, a psilocibina está pronta para provocar um impacto significativo nos tratamentos disponíveis para a medicina psiquiátrica.
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