Questões éticas relativas a psicadélicos não indoturoes de experiência subjetiva como padrão de administração de cuidados
18 de novembro de 2022, Cambridge University Press
Autores: David B. Yaden, Brian D. Earp, Roland R. Griffiths
A evidência sugere que os psicadélicos produzem os seus resultados terapêuticos em parte por meio dos efeitos subjetivos ou qualitativos que geram e como o indivíduo interpreta as experiências resultantes. No entanto, os psicadélicos estão contraindicados em indivíduos diagnosticados com certas doenças mentais, com base no fato de que esses efeitos subjetivos podem ser perturbadores ou contra-terapêuticos. Atualmente, tem vindo a ser dado enfoque à criação de substâncias psicadélicas que produzem muitas das mesmas mudanças biológicas que os psicadélicos, mas sem seus efeitos subjetivos característicos. Neste artigo, os autores trazem ao debate questões éticas relativas aos psicadélicos “desprovidos de experiência subjetiva” e apoiam amplamente os esforços para produzir tais substâncias por razões científicas e clínicas. No entanto, argumentam que tais substâncias não devem ser reservadas para casos especiais em que os efeitos subjetivos dos psicadélicos estejam especificamente contraindicados, enquanto os psicadélicos clássicos que afetam a experiência subjetiva devem ser considerados o padrão de tratamento. Ao reverem a evidência sobre os efeitos subjetivos dos psicadélicos, os autores levantam ainda uma série de preocupações éticas sobre a perspetiva de ocultar tais experiências tipicamente positivas, significativas e terapêuticas da maioria dos pacientes.
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