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Segurança e eficácia da Psicoterapia Assistida por ±3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) em indivíduos com Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT) crónica e resistente ao tratamento: o primeiro estudo controlado randomizado

MDMAEnsaio Clínico

19 de julho de 2010, Journal of Psychopharmacology

Autores: Michael C Mithoefer, Mark T Wagner, Ann T Mithoefer, Lisa Jerome, Rick Doblin

Relatos de casos mostraram que psiquiatras ao administrar ±3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) como um catalisador para psicoterapia antes do uso recreativo de MDMA (ou 'Ecstasy') antes da sua criminalização em 1985. Mais de duas décadas depois, este estudo é o primeiro ensaio clínico concluído avaliando o MDMA como um adjuvante terapêutico.

Vinte pacientes com Perturbação de Stress Pós-Traumático (PSPT) crónica e refratária à psicoterapia e psicofarmacologia, foram aleatoriamente designados para psicoterapia com substância ativa concomitante (n = 12) ou placebo inativo (n = 8) administrado durante duas sessões de psicoterapia experimental de 8 horas. Ambos os grupos receberam psicoterapia não medicamentosa preparatória e de acompanhamento. O desfecho primário foi a variação na escala CAPS-5, administrada na baseline, 4 dias após cada sessão experimental e 2 meses após a segunda sessão. Testes neurocognitivos, pressão arterial e monitorização de temperatura foram realizados. Após 2 meses de acompanhamento, os participantes do placebo receberam a opção de se inscrever novamente no procedimento experimental com MDMA (open label).

A diminuição nas pontuações da CAPS-5 desde a baseline foi significativamente maior para o grupo que recebeu MDMA do que para o grupo placebo em todos os três pontos de análise. A taxa de resposta clínica foi de 10/12 (83%) no grupo de tratamento ativo versus 2/8 (25%) no grupo placebo. Não houve eventos adversos graves relacionados com o fármaco, efeitos neurocognitivos adversos ou aumentos clinicamente significativos da pressão arterial.

A Psicoterapia Assistida por MDMA pode ser administrada a pacientes com Perturbação de Stress Pós-Traumático sem evidência de dano e pode ser útil em pacientes refratários a outros tratamentos.




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