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Uma abordagem integrativa à Terapia com Ketamina pode melhorar múltiplas dimensões da sua eficácia: melhorando os resultados terapêuticos na depressão resistente ao tratamento

KetaminaRevisão Narrativa

24 de novembro de 2021, Frontiers (in Psychiatry)

Autores: Sherry-Anne Muscat, Glenn Hartelius, Courtenay Richards Crouch, Kevin W. Morin

Investifação científica nas últimas duas décadas estabeleceram a ketamina como um antidepressivo seguro, eficaz, de ação rápida e sustentada que reduz significativamente os sintomas associados à depressão, mesmo em pacientes resistentes ao tratamento. Grande parte dessa investigação evoluiu no âmbito de vários ramos independentes da investigação científica: além do estudo da ketamina ser um antagonista não seletivo dos recetores NMDA (NMDAR) com efeitos antidepressivos rápidos, também se mostrou eficaz como um psicoplastógeno que estimula a sinaptogénese e aumenta a neuroplasticidade, como um poderoso anti-inflamatório que pode melhorar os sintomas depressivos relacionados à inflamação, como uma substância que induz estados cerebrais benéficos de alta entropia e como um agente psicadélico subjetivamente impactante. Cada ramo de investigação gerou evidência independente da eficácia da ketamina, mas avançou sem coordenação ou comunicação substantiva com outras linhas de investigação. O estudo integrativo que considera esses ramos de investigação em conjunto poderá levar a uma melhor compreensão dos efeitos da ketamina e a melhores protocolos de tratamento e resultados clínicos. Essa visão geral poderá resultar em cuidados mais eficazes para o paciente por meio de: (a) psicoeducação informada do paciente que engloba todos os mecanismos de ação da ketamina; (b) calibração da dosagem ideal para garantir a indução e manutenção de estados cerebrais de alta entropia durante cada sessão de ketamina utilizando medição de EEG; (c) melhor gestão dos efeitos laterais por meio de cuidados adequados com o set e o setting; (d) inclusão de música apropriada pré-selecionada para aprimorar a experiência emocional; (e) aumento da monotorização dos efeitos da ketamina na atividade cortical, desequilíbrio inter-hemisférico e níveis de citocinas relacionados à inflamação para melhorias adicionais nos protocolos de ketamina; e (f) momento apropriado de quaisquer sessões de psicoterapia adjuvante para coincidir com o pico de neurogénese em 24-48 h após o tratamento com ketamina.




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