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Uso terapêutico de psicadélicos clássicos para tratar o sofrimento psicológico relacionado com doenças oncológicas

Revisão Sistemática

13 de agosto de 2018, International Review of Psychiatry

Autores: Stephen Ross

O cancro é altamente prevalente e uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global. O sofrimento psicológico e existencial é comum em pacientes com doença oncológica, associado a maus outcomes psiquiátricos e médicos. Investigação clínica promissora inicial (de 1960 até ao início da década de 1970) sugeriu um potencial terapêutico dos psicadélicos serotoninérgicos (por exemplo, psilocibina e LSD) no tratamento de perturbações psiquiátricas relacionadas com doença oncológica. Após várias décadas de quiescência, a investigação sobre terapia assistida por psicadélicos para tratar doenças psiquiátricas em pacientes com cancro foi retomada nas últimas duas décadas nos EUA e na Europa. Este artigo de revisão é baseado em numa pesquisa sistemática de ensaios clínicos de 1960 a 2018 relacionados com o uso terapêutico de psicadélicos em pacientes com doenças graves ou terminais e doenças psiquiátricas relacionadas. A pesquisa incluiu 10 ensaios clínicos elegíveis, com um total de 445 participantes, com a grande maioria dos pacientes com diagnóstico de cancro em fase avançada ou terminal. Seis ensaios abertos, publicados entre 1964 e 1980 (n = 341), sugeriram que a terapia psicadélica (principalmente com LSD) melhora a depressão, a ansiedade e o medo da morte relacionados ao cancro. Quatro ensaios clínicos randomizados foram publicados entre 2011 e 2016 (n = 104), utilizando o tratamento com psilocibina (n = 92), e demonstraram que o tratamento com psicadélicos pode produzir melhorias rápidas, robustas e sustentadas no sofrimento psicológico e existencial relacionados com a doença oncológica.




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