Diminuição induzida pela Psilocibina na reatividade da amígdala correlaciona-se com humor positivo em voluntários saudáveis
15 de outubro de 2015, Biological Psychiatry
Autores: Rainer Kraehenmann, Katrin H. Preller, Milan Scheidegger, Thomas Pokorny, Oliver G. Bosch, Erich Seifritz, Franz X. Vollenweider
A amígdala é uma estrutura-chave nos circuitos serotoninérgicos de processamento de emoções. Em voluntários saudáveis, a administração aguda da psilocibina, agonista do receptor de serotonina 1A/2A/2C, reduz as respostas neuronais a estímulos negativos e induz mudanças de humor em direção a estados positivos. No entanto, é pouco conhecido se a psilocibina reduz a reatividade da amígdala a estímulos negativos e se qualquer alteração na reatividade da amígdala está relacionada à mudança de humor.
Métodos: Este estudo avaliou os efeitos da administração aguda de psilocibina (0,16 mg/kg) versus placebo na reatividade da amígdala a estímulos negativos em 25 voluntários saudáveis usando ressonância magnética funcional. As mudanças de humor foram avaliadas usando o Positive and Negative Affect Schedule e o State-Trait Anxiety Inventory. Um ensaio duplo-cego foi usado com voluntários, randomizados para receber psilocibina e placebo em duas sessões separadas com pelo menos 14 dias de intervalo.
Resultados: A reatividade da amígdala a estímulos negativos e neutros foi menor após a administração de psilocibina do que após a administração de placebo. A atenuação induzida pela psilocibina da reatividade da amígdala direita em resposta a estímulos negativos foi relacionada ao aumento induzido pela psilocibina no estado de humor positivo.
Conclusões: Esses resultados demonstram que o tratamento agudo com psilocibina diminuiu a reatividade da amígdala durante o processamento de emoções e que isso foi associado a um aumento do humor positivo em voluntários saudáveis. Estes resultados podem ser relevantes para a normalização da hiperatividade da amígdala e estados de humor negativos em pacientes com depressão major.
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