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Efeitos antidepressivos, ansiolíticos e antiaditivos da Ayahuasca, Psilocibina e Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD): uma revisão sistemática de ensaios clínicos publicados nos últimos 25 anos

AyahuascaPsilocibinaLSDRevisão Sistemática

18 de março de 2016, Therapeutic Advances in Psychopharmacology

Autores: Rafael G. dos Santos, Flávia L. Osório, José Alexandre S. Crippa, Jordi Riba, Antônio W. Zuardi, Jaime E. C. Hallak

Até à data, os tratamentos farmacológicos para perturbações de humor e ansiedade e para dependência de substâncias apresentam eficácia limitada, deixando um grande número de pacientes com sintomas graves e persistentes. Estudos preliminares em animais e humanos sugerem que a Ayahuasca, Psilocibina e Dietilamida do Ácido Lisérgico (LSD) podem ter propriedades antidepressivas, ansiolíticas e antiaditivas.

Assim, realizámos uma revisão sistemática de ensaios clínicos publicados entre 1990 e 2015, avaliando essas propriedades terapêuticas. As pesquisas foram realizadas nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO. Apenas ensaios clínicos publicados em revistas com revisão por pares foram incluídos. Destes, foram identificados 151 estudos, dos quais seis atenderam aos critérios estabelecidos. Estudos incluídos nesta revisão ​​sugerem efeitos benéficos para depressão resistente ao tratamento, ansiedade e depressão associadas a doenças com sobrevida diminuída e dependência de tabaco e álcool. Todas as substâncias foram bem toleradas.

Em conclusão, Ayahuasca, Psilocibina e LSD podem ser ferramentas farmacológicas úteis para o tratamento da dependência de substâncias e perturbações de ansiedade e de humor, especialmente em pacientes resistentes ao tratamento. Estes medicamentos também podem ser ferramentas farmacológicas úteis para entender as perturbações psiquiátricas e desenvolver novos agentes terapêuticos. No entanto, todos os estudos incluídos na revisão ​​apresentavam tamanhos de amostra pequenos, e metade deles eram estudos abertos. Estudos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo com mais pacientes são necessários para replicar estes achados preliminares.




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