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Os eventos adversos da Ibogaína em humanos: uma revisão sistemática atualizada da literatura (2015-2020)

IbogaínaRevisão SistemáticaMeta-Análise

18 de agosto de 2021, Psychopharmacology

Autores: Genís Ona, Juliana Mendes Rocha, José Carlos Bouso, Jaime E. C. Hallak, Tre Borràs, Maria Teresa Colomina, Rafael G. dos Santos

A ibogaína é o principal alcalóide do arbusto africano Tabernanthe iboga. Produz efeitos psicadélicos e psicoestimulantes, mas atualmente é conhecido pelas suas propriedades anti-aditivas. Apesar dos potenciais efeitos terapêuticos, vários casos de fatalidades e eventos adversos graves relacionados ao uso de ibogaína/noribogaína podem ser encontrados na literatura. A maioria dos estudos consiste em relatos de casos ou foram conduzidos em ambientes não controlados, de modo que a causa não pode ser claramente estabelecida.

Objetivos: Atualizar (2015–2020) a literatura sobre os eventos adversos e fatalidades associados à administração de ibogaína/noribogaína.

Métodos: Revisão sistemática seguindo os critérios para revisões sistemáticas e meta-análises PRISMA.

Resultados: 18 estudos foram incluídos na seleção final. Resultados altamente heterogéneos foram encontrados em relação ao tipo de produto utilizado ou às dosagens conhecidas. Os eventos adversos foram classificados em efeitos agudos (< 24 h), principalmente cardíacos (o mais comum foi o prolongamento do intervalo QTc), alterações gastrointestinais, neurológicas, clínicas e efeitos duradouros (> 24 h), principalmente alterações cardíacas persistentes, alterações psiquiátricas e sintomas neurológicos.

Conclusões: Há uma grande necessidade de ensaios clínicos de fase I que possam descrever a segurança de diferentes dosagens de ibogaína com produtos padronizados. Mais ensaios devem realizar perfis clínicos de populações vulneráveis ​​e projetar métodos de triagem e procedimentos clínicos eficazes.




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