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Psicadélicos no tratamento da depressão unipolar e bipolar

Revisão Narrativa

5 de julho de 2022, International Journal of Bipolar Disorders

Autores: Oliver G Bosch, Simon Halm, Erich Seifritz

Esta é uma revisão narrativa sobre o papel dos psicadélicos clássicos e dois nãp-clássicos no tratamento da depressão unipolar e bipolar. Desde a década de 1990, os psicadélicos experimentam um renascimento na investigação biomédica. Os chamados psicadélicos clássicos incluem dietilamida do ácido lisérgico (LSD), psilocibina, mescalina e Ayahuasca. Efeitos característicos como alterações na percepção sensorial, bem como emoção e auto-processamento são induzidos pela estimulação dos receptores de serotonina 2A em áreas corticais. O novo paradigma da psicoterapia assistida por psicadélicos sugere uma estrutura terapêutica na qual uma experiência psicadélica conduzida com segurança é integrada a um processo psicoterapêutico contínuo. Os primeiros ensaios clínicos randomizados e controlados com psilocibina mostram eficácia, tolerabilidade e adesão promissoras no tratamento da depressão unipolar. Por outro lado, os psicadélicos clássicos parecem estar associados à indução de mania, que é uma questão importante a ser considerada para o desenho de novos ensaios e protocolos clínicos. Os chamados psicadélicos não-clássicos são um grupo heterogéneo com efeitos subjetivos sobrepostos, mas diferentes mecanismos neurobiológicos. Dois exemplos de valor terapêutico em psiquiatria são o 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA) e a ketamina. Desde 2020, o enantiómero de ketamina, esketamina, recebeu aprovação internacional para depressão unipolar resistente ao tratamento, e também existem primeiras evidências da eficácia terapêutica da ketamina na depressão bipolar. Se os psicadélicos cumprirão as expectativas atuais e encontrarão seu caminho para um uso clínico mais amplo, dependerá de futuros ensaios clínicos rigorosos com amostras maiores. Um quadro terapêutico e legal bem considerado será crucial para que essas substâncias criem novos cenários de tratamento e uma possível mudança de paradigma.




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